sexta-feira, 29 de abril de 2011

Sociedade Martins Sarmento

          A Sociedade Martins Sarmento teve os seus estatutos aprovados em 1882 e desde logo procurou um local apropriado para a instalação das suas colecções. Com a cedência á Sociedade Martins Sarmento  do convento de S.Domingos, em 1888, foram feitas obras de adaptação no claustro e a galeria então construída foi inaugurada em 1895.

Praça de S. Tiago

          A praça de S.Tiago foi doada pelo conde D.Henrique aos irmãos Tibaldi, franceses de nascimento, onde construíram uma capela românica, onde alias foram enterrados. A posição desta capela ainda é visível pois as obras de reconversão deixaram-na sinalizada no pavimento. A praça de S.Tiago e o largo da Oliveira estivaram ligados até ao sec.XIV, mas depois construiu-se a “Domus Municipalis”, que actualmente é a biblioteca Gulbenkian, mas a ligação mantem-se.

Estátua D. Afonso Henriques

          A ideia da criação da estatua D.Afonso Henriques veio do Rio de Janeiro em 1882. inicialmente esta estatua foi feita em mármore devido ao curto orçamento, mas após alguma reflexão decidiu-se que a estatua seria feita em bronze pois assim seria mais imponente. Esta estatua já esteve em três sítios diferentes, inicialmente estava na Praça D.Afonso Henriques, depois foi levada para o toural e por fim foi levada para junto do Paço dos Duques de Bragança.

Padrão do Salado

         Situado defronte da igreja de Nossa Senhora da Oliveira, ergue-se o Padrão do Salado (ou o Padrão de Nossa Senhora da Vitória), mandado ali erigir no reinado de D. Afonso IV, para comemorar a batalha do Salado.
          Feito em abóbada de pedra, com quatro arcos ogivais fundados em quatro pedestais; sobre o vértice de cada um dos arcos, vê-se o escudo das armas reais, segundo as usava D. Afonso IV; e no arco do fundo a principiar na linha dos capitéis, fez-se mais tarde um altar, dedicado à imagem de Nossa Senhora da Vitória, em comemoração da gloriosa batalha de Aljubarrota. No fundo, e aos lados do altar da Virgem, vêem-se duas esculturas, significando uma delas a visita del-rei D. João I a este padrão, depois da batalha de Aljubarrota. No centro do Padrão, por baixo da abóbada, levanta-se um esbelto cruzeiro, segundo o estilo gótico: e servem-lhe de adorno, além da imagem de Cristo crucificado, as estátuas em vulto inteiro da Nossa Senhora, de S. João Evangelista, do pontífice S. Dâmaso, e de S.Torcato, na frente da cruz; e do lado oposto, as estátuas de Nossa Senhora do Rosário, de S. Filipe Apóstolo, e de S. Gualter.

Largo da Oliveira

          O Largo da Oliveira, durante séculos, foi o coração do burgo vimaranense e muitos reis, nobres e priores da Colegiada, ali deixaram gravada, na pedra, a marca da sua personalidade e do seu zelo.
         A sua história tem início no século VII, em que Vamba, rei godo do século VII, decide plantar uma Oliveira em S. Torcato, para com o seu azeite alumiar o túmulo do Santo mártir. Mas a Oliveira gozou também da fama de milagreira uma vez que o seu azeite era usado na cura de numerosas enfermidades. Daí a Oliveira ter sido trazida para Guimarães, para junto da igreja românica de Santa Maria de Guimarães na Praça Maior, procurando desse modo que um maior número de doentes desta vila beneficiasse da sua proximidade.
          A Oliveira talvez ressentida por a terem retirado de junto do seu Santo Mártir definhou e morreu. Decorreram os anos e a Oliveira continuava de pé, mas seca, sem folhas nem frutos. Foi então que aconteceu o milagre da Oliveira, no dia 8 de Setembro de 1380, tendo como autor Pêro Esteves. Conta a história que foi vontade de Deus que deu a entender a Pêro Esteves que fosse a Normandia Anafrol, e que comprasse a Cruz, e a doasse a Guimarães. Quando a colocaram, a Oliveira, passado três dias, reverdesceu. Deu-se então o milagre da Oliveira. Após o milagre, atribuiu-se à Senhora e à igreja o título da Oliveira, Santa Maria de Guimarães/igreja de Santa Maria de Guimarães passou a chamar-se Nossa Senhora da Oliveira/igreja de Nossa Senhora da Oliveira, e a igreja e a vila tomaram por insígnias a Imagem da mesma Senhora com um ramo de Oliveira na mão. A Oliveira era vista pelos fiéis como símbolo de confiança, segurança e salvação, era usada na cura de numerosas doenças, e os soldados aquando da guerra levavam um ramo da Oliveira, pois acreditavam ser a arma mais defensiva para a guarda de suas vidas.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Largo do Toural

Segundo o arquitecto Bernardo Ferrão, foi no séc.XIV que o Terreiro recebeu a designação de "Toural". 
Em tempos muito recuados este lugar era designado pelo nome de "Campo do Toural", dizem uns, porque nele se faziam as feiras de gado bovino.
Existia uma forte relação entre a praça do Toural e a população vimaranense, relação que o tempo veio consolidar e que explica a forma sentimental com que a população reagiu às mudanças efectuadas neste espaço.
O Toural estava protegido por duas cinturas de muralhas levantadas no reinado de D.Afonso III, era também cercado por duas torres, a Torre da Alfândega e a Torre da Senhora da Piedade, a chamada "Porta da Vila".
Era no Largo do Toural que se realizavam as celebrações cívicas, religiosas, de jubilo e de luto.
"O custoso e vistoso das festas, que na dita praça se tem feito, tem estendido pelo mundo seu nome e fama; os assentos e escadas do pé da muralha se ocupam de tanta gente, que a variedade das galas faz com que a vista fique sem resolução para a escolha das cores. Nos dias dos seus festejos se vê esta praça guarnecida de muitas danças e clarins."

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Capela de S. Miguel

A Capela de S. Miguel é uma construção do século XII e situa-se na freguesia de Oliveira do Castelo, perto do Castelo de Guimarães. Foi capela real associada às origens do reino, visto ter sido mandada construir pelos condes D. Henrique e D. Teresa. Segundo a lenda, terá sido lá que o primeiro rei de Portugal, D. Afonso Henriques, foi baptizado, conservando uma pia baptismal que serviu para tal feito.
 É uma construção tardo-românica e o seu interior é lageado com sepulturas que se atribuem a guerreiros ligados à fundação da nacionalidade. Ainda no seu interior avultam uma imagem de Nossa Senhora e do Menino em pedra e de São Miguel em madeira. Possui um portal de volta perfeita e capela-mor rectangular. A fachada principal conta com um portal com duas arquivoltas de arco quebrado e tímpano liso.
Ao longo do tempo foi ficando degradada e, por isso, a Sociedade Martins Sarmento decidiu restaurar a capela em meados do século XIX, sendo reaberta aos fiéis em 1880.
Foi declarada monumento nacional em 16 de Junho de 1910.
 É hoje uma atracção para quem visita a cidade, não só pelo seu valor simbólico mas também por se situar perto do Castelo de Guimarães, ponto de visita obrigatório aos turistas.