sexta-feira, 8 de abril de 2011

Igrejas e Conventos

Convento de Santa Clara

O Convento de Santa Clara situa-se na Rua de Santa Maria, tendo sido construído em 1548, por orientação do vimaranense Baltazar de Andrade.
A fachada foi decorada pelo vimaranense José Moreira, em 1741, sendo do estilo barroco. Mais tarde, deu lugar ao Liceu de Guimarães e actualmente funcionam lá todos os serviços da Câmara Municipal de Guimarães.
Este Convento, começou a ser habitado por religiosas, no dia 12 de Agosto de 1562, dia de Santa Clara. Em 1834, esta ordem religiosa foi extinta e o Convento foi abandonado.
O edifício, encontra-se dividido em três partes, tendo ao centro a figura da padroeira, Santa Clara, num nicho, sobre a porta principal.
A Capela, deste Convento, foi enriquecida com talha dourada e quadros, mas no século XIX foi destruída, encontrando-se actualmente, uma parte da talha dourada no Museu Alberto Sampaio.

Igreja de Nossa Senhora da Oliveira ou da Colegiada

A Igreja de Nossa Senhora da Oliveira ou da Colegiada, teve origem de um primitivo mosteiro, mandado construir pela Condessa Mumadona, no século IX, dedicado a Santa Maria de Guimarães. Reconstruído pelo Conde D. Henrique e instituído em Colegiada por D. Afonso Henriques.
Este templo, sofreu várias alterações, passando por diversos estilos, desde latino-bizantino, no século X, românico, século XIII, gótico, século XIV e neo-clássico, século XIX.
O portal da fachada é do estilo gótico. Possui ainda um janelão cego, que é testemunha das várias modificações que se verificaram ao longo dos tempos. Na fachada é visível, o tríptico que D. João I, conquistou aos castelhanos e que ofereceu a Nossa Senhora da Oliveira.
O interior deste templo é formado por três naves. Sobre o cadeiral seiscentista encontram-se oito retábulos de pintura a óleo.
Neste templo, existe ainda um órgão de tubos, que tal, como a instituição religiosa também passou por muitas alterações, mas actualmente ainda se encontra praticável.



Igreja da Misericórdia

A Igreja da Misericórdia, teve início em 1588, com a construção da fachada pelo mestre de pedraria Gonçalo Lopes. Este e Pedro de Amorim, iniciaram em 1595 a construção da Igreja e da capela-mor.
A fachada deste templo é do estilo renascentista.
Ao longo dos tempos, esta Igreja sofreu alterações ficando de uma só nave recoberta a estuque, de estilo rococó.
Em 1800, foi transformada em hospital, antes de entrar em funcionamento o hospital de Santo António dos Capuchos.
A sacristia como era pobre foi restaurada em 1876.
A capela-mor que é mais alta, esta dividida do corpo da igreja por um arco de pedra. É uma Igreja espaçosa, antigamente tinha os tectos de madeira apainelada e o da capela-mor era de abóbada, igualmente apainelada com os ministérios da Paixão de Cristo.
Nos altares laterais deste templo podemos observar as imagens do Senhor da Pedra - Fina, S. Bento, Senhor da Cana Verde, a Senhora das Dores e a Nossa Senhora da Paz.
Existem também nesta Igreja, um órgão de tubos que foi construído em 1775, por Francisco António Solha.


Basílica de S. Pedro

Esta instituição foi mandada construir pela Irmandade de S. Pedro em 1737 e em 1751 foi elevada à categoria de Basílica. Nunca chegou a ser concluída, ainda hoje mantém o seu ar de inacabada.
Esta Basílica foi invadida e profanada pelas tropas francesas que durante alguns dias a transformaram em cavalariças, relincharam cavalos na sua nave, encheram os altares de milho, acrescentando mais uma mancha ao rastro sangrento do exército napoleónico, em 1809.
Na sacristia existem três quadros que representam S. Pedro, S. Paulo e S. João Baptista.
Este templo, está dividida do corpo da igreja por uma arco de pedra, tendo quatro altares laterais, o primeiro do lado do Evangelho é dedicado ao pontífice S. Pedro, o segundo é de Nossa Senhora das Dores, sendo os dois confinantes ao do Senhor da Agonia e ao de Nossa Senhora.


Igreja e Convento de S. Francisco

A Igreja de S. Francisco é do estilo gótico, fundada em 1400 por D. João I. O seu interior é revestido por ricos azulejos e a sacristia é uma das melhores de Portugal, pelo seu arranjo artístico, com um belo tecto apainelado.
Este templo, sofreu várias modificações ao longo das diferentes épocas, nomeadamente, nos séculos XVI e XIX.
Actualmente, é de dois estilos: gótico (capela-mor) e barroco (azulejos e talha dourada).
Existe ainda, neste templo várias esculturas, nomeadamente, a de S. António de Lisboa, a de Nossa Senhora da Conceição, a de S. Francisco de Assis, a Árvore de Jessé, Santa Ana, Nossa Senhora das Dores, o Senhor da Paciência, Jesus Cristo e as relíquias de S. Gualter.
O claustro do convento é composto por dois pisos (1591), obra de um grande mestre de pedraria vimaranense, Gonçalo Lopes. O chafariz central é seiscentista.
Nesta Igreja, existe ainda um órgão de tubos, que data do século XVIII, mas o autor é desconhecido existindo um outro, mas mais pequeno na Capela Vulnerável da Ordem Terceira de São Francisco, que se desloca como uma peça de mobiliário.


Igreja de Nossa Senhora da Consolação e Santos Passos

A Igreja de Nossa Senhora da Consolação e Santos Passos é do estilo barroco, as suas torres são esguias e a sua fachada redonda conduz a uma escadaria.
Nesta igreja venera-se S. Gualter, o santo popular sobre o qual são realizadas as festas da cidade.
Este templo foi construído nos finais do século XVIII, sobre o projecto do arquitecto André Soares.
Nas paredes interiores do templo, existem catorze quadros emoldurados a madrepérola, com gravuras francesas, policromadas, do século XVIII, representando a via-sacra. Podemos ainda ver quatro painéis dedicados a vida de Cristo, século XVIII.
Entre as várias imagens religiosas, a mais venerada é a que representa o Senhor dos Passos, patrono da igreja.
Existe também nesta Igreja um órgão de tubos, mas não se sabe a data da sua construção nem o seu organeiro.


Convento da Madre de Deus ou das Capuchinhas

Este Convento foi fundado em 1683 e o que se pode encontrar nele de mais importante são os azulejos da capela-mor, do século XVIII. Tendo sido, executados em Lisboa, por um autor do qual não se conhece a identidade. Representam o sonho de S. José, a anunciação da Virgem, a apresentação no templo, a fuga para o Egipto, a adoração dos pastores, o casamento da virgem e a adoração dos reis.
Mais tarde, esta instituição foi confiada a D. Domingos da Silva Gonçalves, que viria a ser Bispo da Guarda.
Instalou aqui as conhecidas e beneméritas oficinas de S. José que prestaram importantes serviços aos jovens carenciados de afecto familiar ao longo dos tempos. Alguns desses alunos foram preparados para a vida, distinguindo-se, muitos deles, pela sua formação cívica e cultural.
Actualmente, o Centro Juvenil de S. José, está transformado numa Instituição Privada de Solidariedade Social, mas continua a cumprir e a desempenhar a sua função social, acolhendo jovens de tenra idade.


Igreja de S. Dâmaso

São Dâmaso, natural de Guimarães e patrono da cidade em tempos passados, foi Papa de 366 a 384.
A capela-mor foi mandada construir 1636, obedecendo à disposição testamentária do Abade Lucas Rebelo e o corpo da Igreja e a fachada foram construídas em 1744, obra clássica de Domingos de Freitas.
A estrutura deste templo é valiosa, pelos seus revestimentos interiores de azulejos, decoração barroca e excelentes talhas.
O altar-mor e os altares laterais, são peças muito valiosas de escultura barroca, em talha dourada e policromada, de grande efeito decorativo.
As paredes estão decoradas com catorze painéis de azulejos do século XVIII, retratando os factos mais notáveis da vida do santo: o Baptismo, a Apresentação ao Papa Libério, o Diaconado, o Presbiterado, o Vicariato na Igreja de São Lourenço em Roma, a Ascensão ao Pontificado, Milagres operados enquanto ainda vivo, a sua Morte e a Veneração ao seu Túmulo.
Nesta igreja, no altar encontra-se o Santo Elói, patrono dos Ourives, que todos os anos ali se venera no dia 1 de Dezembro.


Igreja e Convento de Santo António dos Capuchos

O Convento de Santo António dos Capuchos é um antigo convento de frades capuchos, monges de confissão franciscana. Começou a ser edificado na segunda metade do século XVII, desempenhando actualmente a função de unidade hospitalar. Porém, conserva ainda alguns elementos construtivos de mérito, como a igreja conventual, a sacristia e o espaço claustral.
Esta igreja tem uma capela-mor bastante espaçosa e alegre, e no seu retábulo moderno e elegante vêem-se as imagens de Santo António e S. Francisco em tamanho natural.
É dividida do corpo da igreja por um arco de pedra, ao qual se encostam dois altares de talha, sendo o do Evangelho pertencente à irmandade de Nossa Senhora das Dores e o outro dedicado a imagem de S. João Baptista.
No resto das paredes abrem-se confessionários dentro de arcos de pedra, que estão em comunicação com os claustros do convento.
Com a extinção das Ordens Religiosas, este convento ficou a pertencer a Irmandade da Misericórdia.
Este templo possui também um órgão de tubos, mas não se conhece o seu organeiro nem a data da sua construção.


Igreja e Convento de Nossa Senhora do Carmo

A construção da Igreja e do Convento do Carmo, teve inicio em 1685, sendo do estilo barroco. Tanto a Igreja como o Convento têm a denominação de Nossa Senhora do Carmo, devido a imagem mais venerada neste templo.
Os altares, o púlpito e as sanefas são de talha dourada. O corpo da igreja está dividido da capela-mor por um arco de pedra, tendo abaixo dois altares laterais, o do Evangelho, dedicada a Santa Ana e o outro a Nossa Senhora do Carmo. No antigo coro, existe ainda outro altar, com devoção a imagem do Senhor Morto.
Com a extinção oficial das Ordens Religiosas em Portugal, o convento entrou em declínio material e humano, até que, em 1854, com a morte da última freira, D. Catarina Angélica do Amor Divino, tudo passou para a posse do estado, com utilização para fins militares. Começando a partir de 1862, a funcionar aqui o Asilo da Infância Desvalida de Santa Estefânia – Amor de Deus e do Próximo, actual Lar de Santa Estefânia, criado por iniciativa particular e com o auxílio de algumas senhoras vimaranenses, tendo sido, todo o conjunto dos edifícios do convento a Comissão Administrativa. Este facto contribuiu muito para a preservação e salvaguarda do imóvel.
Existe nesta igreja, também um órgão de tubos, que as freiras mandar construir no dia 21 de Fevereiro de 1725, sendo o seu organeiro Teodósio Hemberg.


Igreja de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro

Após duas tentativas frustradas, uma no tempo do liberalismo de 1833 feita pelos Redentoristas austríacos e a outra tentativa no emergir da 1.ª República, pelos Redentoristas espanhóis. Estes fixaram-se finalmente em Portugal, em 1931, na cidade de Braga.
Após várias vicissitudes, sem abandonar esta comunidade, iniciou-se na cidade de Guimarães, em 1944, uma nova aventura missionária.
Depois de uma data de contactos a nível oficial e local, a Comunidade dos Missionários Redentoristas estabeleceu-se, finalmente, na Rua Francisco Agra, n.º163, popularmente conhecida por Rua de Santa Luzia, devido a proximidade da Capela de Santa Luzia.
Depressa se constatou a necessidade de construir uma igreja, graças ao Padre Isaías Aliste, obra que nasceu em 1953.
Esta Igreja, passou por diversas remodelações, como se pode comprovar ao longo da sua história.
Quanto às paredes laterais, parece que a Comunidade, decidiu dar em 1967 um certo cariz de santuário a toda a igreja. Para isso, as paredes laterais foram enriquecidas com doze painéis descrevendo a história do quadro de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Completou-se a obra com o painel do altar-mor, colocando a figura dos nossos santos, como protótipos da evangelização das pessoas, a caminho de Deus Pai, simbolizando o painel como o glorioso Senhor da Glória.


Capela de Nossa Senhora da Conceição

A Capela de Nossa Senhora da Conceição, data pelo menos do início do século XVI, de 1513.
O interior desta Capela é riquíssimo. O tecto é apainelado em talha policromada.
A capela-mor divide-se da nave por um arco de volta perfeita, que se assenta sobre pilares, encostando-se a ele dois altares: o de S. Francisco, que substituiu o de Nosso Senhor crucificado, do lado do Evangelho e o de S. Caetano do lado da Epístola.
As paredes da nave são revestidas de azulejos, temas extraídos do Velho Testamento do livro do Cântico dos Cânticos.
O tecto da nave está coberto por caixotões representando as doze cenas da vida de Nossa Senhora.
Esta capela possui um órgão de pequenas dimensões, proporcionado ao reduzido espaço do templo, datando de 1774, sendo o seu organeiro, Francisco António Soalha.


Igreja e Convento de S. Domingos

Este templo religioso foi construído entre o século XVII e XVIII, sendo o seu interior digno de ser visto, pelo facto dos seus três altares serem de talha dourada, pelo formosíssimo órgão e pelo cadeiral, obra de artistas Vimaranenses. Um Cristo Crucificado, do século XVI, que se encontra suspenso sobre a pia baptismal, sendo das peças mais ricas que se pode observar.
É do estilo gótico primário, quase românico, mas toda ela reza na simplicidade o granito.
O pórtico é do estilo barroco, de 1770 e a capela-mor foi substituída em 1774. Dado que, a Igreja ameaçava ruína foi restaurada e livre de tapagens e madeiramentos. Constituída por uma bela rosácea, do século XIV, a rematar o pórtico, filtrando o sol. A luz entra também pelas suas góticas janelas, escoando-se pelas três naves, acompanhando os cinco arcos, que relacionam a nave principal com as secundárias, banhando os dois arcos de ogiva na nave cruzeira.
Na capela-mor, o altar, o cadeiral e o órgão são do século XVII. A nave é guarnecida por boas e antigas imagens em austeras peanhas: S. Bento; S. António; S. Homem Bom, as várias senhoras: Rosário; Neves; Terço.
O silêncio do granito e as inscrições sepulcrais dos antigos morgadios aqui instituídos: o de D. Branca Vilhena, o de Nossa Senhora, o de S. Pedro Gonçalves, os das Senhoras do Amparo, do Desterro, das Angústias. Da procissão da Senhora dos Terramotos, das ossadas do Beato Lourenço Mendes, de lindas invocações de muita gente, grande e humilde que aqui rezou, pediu e nestas pedras, debaixo dos nossos passos em pó se desfizeram.
Na armoriada sacristia existe belas imagens e devotas relíquias.
Este templo possui também um órgão de tubos, sendo o seu organeiro, Francisco António Solha, que o concluiu em 1758.



Igreja e Convento de Santa Rosa de Lima ou das Dominicas

A Igreja e o Convento de Santa Rosa de Lima ou das Dominicas, teve a sua origem com a formação de uma comunidade conventual em 1630, por alguns piedosos. Mas, em 1881, encontrava-se prestes a ser extinto, dado que, só contava com três piedosos.
Arquitectonicamente, o seu aspecto exterior não era muito significativo, dado que, a sua fachada era lisa, rasgada por janelões, a porta emoldurada e rematada por um nicho com a estátua de Santa Rosa de Lima. Actualmente, podemos ver que é revestida por um granito rústico, devido à sua recuperação.
O seu interior é formado por uma só nave, coberta por uma abóbada de berço. Possui quatro altares laterais, separados da capela-mor por um arco de pedra. Do lado do Evangelho, S. José e Nossa Senhora e a Senhora do Socorro. E do lado da Epístola, Senhor Jesus e S. Caetano. Na capela-mor, a abóbada é de aresta. Por cima da pia baptismal, encontra-se a imagem de Cristo crucificado, do século XVI
O órgão joanino foi concluído em 1777, por Francisco António Solha e em 1805 foi recuperado, por Luís António de Carvalho.

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